Alessandra Trota, Designer de Interiores

UMA CADEIRA NÃO É APENAS UMA CADEIRA

 
 
 
Uma cadeira não é apenas uma cadeira, uma luminária não é somente uma luminária. Frases que poderiam ser ouvidas em um encontro de filósofos fazem parte do universo do sul-coreano Song Seung-Yong, autor de obras que exploram os limites do uso de móveis e objetos cotidianos.
Além de beleza, as peças reúnem funções diversas, como a Objet-O, uma cadeira de madeira equipada com uma cúpula esférica gigante. Além de iluminar, a peça oferece uma espécie de abrigo para quem senta ali. Se por um lado o móvel proporciona condições ideais para leitura, por outro, causa um isolamento que pode tanto relaxar quanto provocar.
 “Me lembro de criar abrigos dentro de casa, quando criança. Debaixo da mesa ou dentro do guarda-roupa, eles serviam como proteção para um inimigo que era, na verdade, inexistente. Confortáveis e secretos, esses espaços – melhores que uma mansão enorme – resumem o significado de aconchego com que sonhamos”, pensa o artista.
Nas suas mãos, objetos de demolição viram vasos para plantas, poltronas se tornam armários, bancos se transformam em estantes, e cadeiras de balanço formam cabideiros. Uma das obras que encontra maior respaldo em um mercado ávido por funcionalidade é o Boksh, um criado-mudo que acende. Ele pode ser uma luminária, uma mesa, uma escrivaninha e – por que não? – um objeto de uso a ser descoberto. Afinal, para Seung-Yong, o tema é livre.

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

 
 

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